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Investir nos EUA: como brasileiros podem comprar ações da Nasdaq

Imagine ter uma fatia das maiores empresas do mundo — como Apple, Microsoft, Amazon ou Nvidia — na sua carteira de investimentos. Parece sonho de investidor experiente? Pois saiba que, hoje em dia, qualquer brasileiro com acesso à internet e um pouco de orientação pode investir diretamente na Nasdaq, a bolsa de valores que abriga os gigantes da tecnologia global. E o melhor: sem precisar morar nos Estados Unidos ou dominar o mercado financeiro internacional.

Neste artigo, vamos desvendar como brasileiros podem comprar ações listadas na Nasdaq, explorando desde os primeiros passos até as estratégias mais eficazes para investir com segurança e inteligência. Abordaremos os benefícios de diversificar seus investimentos internacionalmente, os caminhos práticos para acessar o mercado americano, os custos envolvidos, os riscos a considerar e como alinhar essa estratégia aos seus objetivos financeiros de longo prazo.

Se você já pensou em ir além da B3 (Bolsa de Valores do Brasil) e quer entender como investir nos EUA de forma simples, legal e rentável, continue lendo. Este guia foi feito especialmente para você — seja iniciante ou já com alguma experiência no mundo dos investimentos.


Por que investir na Nasdaq faz sentido para brasileiros?

A Nasdaq é muito mais do que uma bolsa de valores: é o epicentro da inovação global. Fundada em 1971, ela reúne algumas das empresas mais valiosas e disruptivas do planeta, especialmente no setor de tecnologia. Empresas como Apple, Microsoft, Alphabet (dona do Google), Meta (Facebook) e Tesla não só dominam seus mercados, como também impulsionam o crescimento econômico mundial.

Para o investidor brasileiro, investir na Nasdaq representa uma poderosa forma de diversificação. Enquanto a economia brasileira enfrenta ciclos de volatilidade, juros altos e incertezas políticas, os EUA mantêm um mercado financeiro maduro, com empresas que geram lucros consistentes e pagam dividendos estáveis. Além disso, ao investir em dólar, você também se protege contra a desvalorização do real — uma preocupação constante para quem busca preservar seu patrimônio.

Dados do Banco Central mostram que, em 2024, os brasileiros investiram mais de US$ 50 bilhões no exterior, um recorde histórico. Grande parte desse montante foi direcionada ao mercado acionário americano. Isso não é coincidência: nos últimos 10 anos, o índice Nasdaq-100 (que acompanha as 100 maiores empresas não financeiras listadas na bolsa) teve um retorno acumulado superior a 400%, muito acima da maioria dos índices brasileiros no mesmo período.

Portanto, investir na Nasdaq não é só uma opção — é uma estratégia inteligente para quem quer crescer seu patrimônio com exposição a empresas globais líderes em inovação.


Como brasileiros podem comprar ações da Nasdaq: os caminhos práticos

Felizmente, você não precisa abrir uma conta nos EUA nem viajar para Nova York para investir na Nasdaq. Hoje, corretoras brasileiras regulamentadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) oferecem acesso direto ao mercado americano — de forma simples, segura e totalmente legal.

O primeiro passo é escolher uma corretora com plataforma internacional. Algumas das mais populares no Brasil incluem XP Investimentos, Modalmais, Rico (do Banco Original), BTG Pactual e Genial Investimentos. Essas instituições permitem que você abra uma conta em dólar, compre ações diretamente na Nasdaq e até receba dividendos em moeda estrangeira.

O processo é bastante intuitivo:

  1. Abra uma conta na corretora e complete o cadastro (incluindo o envio do seu CPF e comprovante de residência).
  2. Declare seus investimentos no exterior no Imposto de Renda (usando o código de ativo “03 – Bens e direitos no exterior”).
  3. Faça a conversão de reais para dólares diretamente na plataforma (a corretora cuida da operação cambial via sistema Sisbacen).
  4. Escolha as ações da Nasdaq que deseja comprar e execute a ordem — assim como faria na B3.

Vale destacar que você não precisa comprar ações inteiras. Muitas plataformas oferecem a opção de “ações fracionárias”, permitindo investir a partir de US$ 5 ou US$ 10 em empresas como Amazon ou Google, cujas ações custam centenas (ou milhares) de dólares.

Além disso, há alternativas como os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) — certificados que representam ações estrangeiras negociadas na B3. Embora práticos, os BDRs têm liquidez limitada e cobram taxas mais altas. Por isso, investir diretamente nos EUA costuma ser mais vantajoso para quem busca exposição de longo prazo.


Custos, impostos e burocracia: o que você precisa saber antes de investir

Investir nos EUA é acessível, mas não é gratuito. É essencial entender os custos envolvidos para evitar surpresas desagradáveis:

IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): de 1,1% sobre a conversão de reais para dólares (apenas na compra da moeda).

Custódia: algumas corretoras cobram uma taxa mensal ou anual para manter suas ações no exterior (mas muitas já oferecem esse serviço gratuito).

Emolumentos e corretagem: geralmente baixos ou até zero em corretoras modernas.

Imposto de Renda: os ganhos de capital (lucro na venda de ações) são tributados em 15%, independentemente do valor. Já os dividendos recebidos não são tributados no Brasil — uma grande vantagem!

Importante: não há isenção para ganhos abaixo de R$ 20 mil, como ocorre na B3. Qualquer lucro com ações americanas deve ser declarado e tributado.

Quanto à burocracia, o processo é simples, mas exige atenção:

  • Você precisa declarar seus ativos no exterior na sua declaração de Imposto de Renda anual.
  • A corretora fornecerá um extrato com todas as operações, facilitando o preenchimento.
  • Não há limite legal para investir no exterior, mas o Banco Central exige que operações acima de US$ 10 mil sejam registradas no Sisbacen — algo que a própria corretora faz automaticamente.

Portanto, investir na Nasdaq é totalmente legal e regulamentado, desde que você siga as regras fiscais brasileiras. Com um pouco de organização, os benefícios superam em muito a burocracia envolvida.


Riscos e estratégias: como investir com inteligência na Nasdaq

Todo investimento envolve riscos — e o mercado americano não é exceção. A Nasdaq pode entregar retornos extraordinários, mas também sofre quedas bruscas, como vimos em 2022, quando o índice caiu mais de 30% por conta da alta de juros nos EUA.

Por isso, não invista na Nasdaq como se fosse uma aposta. Trate esse ativo como parte de uma estratégia de longo prazo. Aqui vão algumas dicas práticas:

Diversifique: não coloque todo seu patrimônio em uma única ação, por mais promissora que pareça. Prefira montar uma carteira com 5 a 10 empresas de setores diferentes (tecnologia, saúde, consumo, etc.).

Invista de forma contínua: em vez de aplicar tudo de uma vez, use a estratégia de aporte mensal (conhecida como “dollar-cost averaging”). Isso reduz o impacto da volatilidade.

Foque em empresas sólidas: priorize companhias com balanços fortes, lucros consistentes e vantagem competitiva duradoura — não apenas modinhas do momento.

Proteja-se do câmbio: lembre-se de que parte do seu retorno virá da valorização (ou desvalorização) do dólar. Se o real se fortalecer muito, seus ganhos em reais podem ser menores — e vice-versa.

Além disso, considere investir em ETFs da Nasdaq, como o QQQ (que replica o índice Nasdaq-100). É uma forma simples de ter exposição diversificada ao setor de tecnologia com baixo custo e alta liquidez.

Lembre-se: o objetivo não é “ficar rico rápido”, mas construir riqueza de forma sustentável ao longo dos anos.


Além das ações: como a Nasdaq pode transformar seu futuro financeiro

Investir na Nasdaq vai muito além de comprar papéis de empresas famosas. É uma porta de entrada para o mundo da inovação, do crescimento exponencial e da liberdade financeira. Ao incluir ativos internacionais na sua carteira, você passa a participar do sucesso de empresas que moldam o futuro — da inteligência artificial à computação quântica, da medicina personalizada aos veículos elétricos.

Mais do que isso, esse tipo de investimento muda sua mentalidade. Você deixa de pensar apenas no curto prazo e passa a enxergar oportunidades globais. Começa a acompanhar tendências mundiais, a entender como a economia digital funciona e a tomar decisões mais conscientes com seu dinheiro.

E há um bônus poderoso: a educação financeira que você adquire ao investir no exterior. Cada operação, cada relatório de empresa, cada análise de mercado amplia seu conhecimento e sua confiança como investidor.

Por fim, lembre-se de que você não precisa ser rico para começar. Com menos de R$ 100 por mês, já é possível comprar frações de ações da Nasdaq e iniciar sua jornada rumo à independência financeira. O segredo está na consistência, na paciência e na disciplina.


Conclusão: seu futuro global começa hoje

Investir na Nasdaq não é privilégio de poucos — é uma oportunidade real e acessível para qualquer brasileiro que queira diversificar, proteger seu patrimônio e participar do crescimento das maiores empresas do mundo. Ao longo deste artigo, vimos que:

  • A Nasdaq oferece exposição a empresas inovadoras com histórico de crescimento sólido.
  • Corretoras brasileiras permitem comprar ações americanas de forma simples e segura.
  • Os custos e impostos são claros e gerenciáveis, desde que você se organize.
  • Com estratégia e disciplina, é possível investir com inteligência, mesmo com pouco capital.
  • Mais do que renda, esse caminho traz conhecimento, perspectiva global e liberdade.

Se você ainda não deu o primeiro passo, não espere o “momento perfeito” — ele nunca chega. Comece pequeno, aprenda no caminho e ajuste sua estratégia conforme avança. O importante é começar.

E aí, pronto para dar seu primeiro aporte na Nasdaq?
Compartilhe este artigo com alguém que também quer investir nos EUA, deixe seu comentário contando qual empresa da Nasdaq você mais admira, ou nos diga: qual será sua primeira ação americana?

Seu futuro financeiro global começa com uma decisão — e ela pode ser tomada hoje.